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domingo, 18 de janeiro de 2009

Como escolhi o jornalismo ou como ele me escolheu

Como escolhi o jornalismo ou como ele me escolheu? Não sei, talvez tenha sido quando eu era pequena meu pai trabalhava e eu ficava o dia com a minha mãe e quando ela fazia algo que eu não gostasse eu prontamente dizia:
- Você vai ver eu vou contar tudo para o meu pai quando ele chegar...
Um dos indícios poderia ser o fato de que sou geminiana, signo da comunicação. Mas para as pessoas que lerem minha história e que não acreditam em horóscopo abaixo seguirão outras justificativas...
Vou falar um pouco de minha família, meu pai é uma pessoa que cresceu na agricultura e estudou até a quarta série, e mesmo assim é o maior responsável pelo nosso pão de cada dia, ele é um homem de atitude, minha mãe é muito inteligente trabalhou no INSS após passar num concurso público, chegou a iniciar o curso de psicologia antes de casar com meu pai e faz vinte e seis anos que ela é apenas dona de casa, mas que dá toda a estrutura para que eu e minha irmã possamos estudar. Hoje eu quero ter a atitude do meu pai aliada à inteligência e gosto pela leitura de minha mãe.
Sempre gostei muito de ler, eu voltava a pé da escola para comprar revistas, não conversava com meus pais sobre sexo e outros assuntos da adolescência e as revistas faziam isso por mim. Com meus catorze anos escrevi uma carta e enviei para a revista Carícia para a seção Ponto de Vista. Dias depois meu texto foi publicado e eu ganhei uma camiseta, não era um texto qualquer era um desabafo sobre a minha relação com meus pais que eram um pouco repressores.
Gosto muito de falar, escrever, ler, gosto de mostrar minhas opiniões, de explicar e ajudar as pessoas a compreenderem, gosto de divulgar informações que eu julgue serem úteis para as pessoas.
A minha arma é a palavra, se estou triste ou feliz gosto de escrever, de refletir sobre vários assuntos e compartilhar meus sentimentos e opiniões desde a violência de torcedores ao exibicionismo dos jovens nas baladas que colocam a integridade física das outras pessoas em risco.
Em 2002, um amigo meu de grupo de jovens da igreja católica criou um jornal chamado Pejotário, (por tratar de assuntos da PJ - Pastoral da Juventude) cheguei a auxíliá-lo, porém o jornal não durou muito porque o padre não gostou do "formato".
Me formei em Secretariado Executivo em 2006 na Faculdade Sumaré, essa primeira faculdade foi muito importante, pois ela me fez crescer como ser humano e como profissional, quando entrei trabalhava como operadora de caixa, tive oportunidade de estagiar em empresas públicas, trabalhei como auxiliar administrativo numa ONG, mas sempre quis viver o que estou vivendo agora, que é freqüentar o curso de jornalismo. Já fiz um teste vocacional e a maioria dos pontos apontou para essa área.
Durante a faculdade, participei de uma palestra com o jornalista, escritor e professor Paulo Nassar, autor do livro: Tudo é Comunicação. O tempo todo o jornalismo me rondava, jamais esquecerei de uma aula de língua portuguesa sobre notícia, dada pela professora Maria José Machado falecida em dezembro, como eu queira acabar logo o secretariado e entrar para o curso de jornalismo.
Também participei de uma palestra com o jornalista membro da Academia Brasileira de Letras Murilo Melo Filho no CIEE, onde foi distribuído e autografado o livro dele chamado Tempo Diferente que é uma biografia de vinte brasileiros já falecidos, porém influentes para o nosso país em várias áreas dentre eles: Rachel de Queiroz, Jânio Quadros, Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas, Jorge Amado, José Lins do Rego e outros. Comentei com ele o meu desejo de ser jornalista e ele me fez uma dedicatória especial que guardo com muito carinho junto com o menor jornal do mundo, Vossa Senhoria tem 3,5 cm de altura por 2,5 cm de largura que comprei na bienal do livro.
Nas primeiras aulas da Ana Vasconcelos descobri que o surgimento da imprensa (jornalismo) desagradou os escribas (que foram os primeiros secretários, o surgimento da profissão), as únicas pessoas letradas da época que viram seu cargo ameaçado... pensei em quantas reviravoltas passaram por essas profissões atualmente e uma não ameaça mais substituir a outra.
Hoje estou levando meu corpo para o lugar onde já vive o meu pensamento.

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