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domingo, 15 de março de 2009

Brasil, mostra a tua cara ! - Parte II

Brasil, mostra a tua cara - Parte II

A Era Vargas se aproxima da ditadura militar, ambos como regimes conservadores e autoritários que surgiram para calar a boca das massas questionadoras nesses períodos.
Getúlio Vargas implantou o Integralismo por meio de Plínio Salgado, com a missão de reforçar valores como: autoridade, nação, ser brasileiro.
Vargas proibiu a vinda de judeus para o Brasil, pois era influenciado pelo fascismo de Benito Mussolini na Itália, e o nazismo de Adolf Hitler na Alemanha, que eram estados capitalistas de exceção, porque apoiavam o capitalismo, porém eram contra a democracia, eram regimes autoritários, patrióticos que defendiam que a sociedade era um corpo no qual cada um deveria seguir seu papel.
Os movimentos de esquerda: anarquismo, socialismo, comunismo eram desprezados e combatidos pela força e pela ideologia. Esses movimentos de insatisfação foram reprimidos pelo autoritarismo presente no integralismo, nazismo e fascismo. Com um governo forte se eliminam os conflitos sociais, com cada um fazendo sua parte.
A ditadura e a era Vargas eram contra os movimentos de esquerda, anti-comunistas, enquanto no mundo crescem os movimentos comunistas com a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, essas ideias chegam ao Brasil na Intentona Comunista em 1935, Getúlio sairia do poder em 1937, haveria eleição em 1938 e Getúlio não poderia concorrer à reeleição. Getúlio Vargas se aproveita da Intentona Comunista para inventar que os comunistas queriam tomar o poder, faz um golpe de estado e inicia o período do Estado Novo, autoritário, com polícia política e Departamento de Imprensa e Propaganda – DIP, que era responsável pelas propagandas do governo e pela censura que dizimava tudo que não fosse o trabalhismo, queria eliminar os malandros e a vagabundagem, valorizar o trabalho, manter o controle ideológico censurando músicas, jornais, etc. por meio do Ato Institucional Número Cinco, AI-5 em 1968.
A ditadura que se incia em 1964 é um período que tenta barrar a contra cultura dos anos 60, na qual a lógica é não pertencer ao sistema, não querer seguir a vida de nossos pais.
A ditadura investiu em tecnologia, usinas nucleares, ninguém reclamava, e se reclamasse seria preso no Departamento de Ordem Política e Social – DOPS que controlava e reprimia movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder.
Sobre a maneira de lidar com a arte e a cultura, que existem para manter a memória. Em 1922 foi realizada a semana de arte moderna, pregaando que era legal ser mulato, enquanto a eugenia na Alemanha nazista pregava o extermínio dos judeus e raça pura.
Vargas contrata os artistas da semana de arte moderna para reforçar a identidade nacional forte das pessoas trabalhadoras. As leis trabalhistas, Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, surgem para disciplinar a mão de obra trabalhadora e minimizar as lutas de classes, visto que o operário que não cumpre regras pode ser punido pelo patrão. As greves, os operários, os panelaços que ajudarm a derrubar a ditadura, depois a lei da anistia que possibilitou o regresso dos exilados que voltaram ao Brasil e voltaram a se manisfestar, essas greves impulsionaram o movimento das Diretas Já, enquanto a elite tenta nos convencer de que não fazemos nada.
A cultura e a arte eram os meios de expressar a realidade, mesmo que fosse de forma subentendida para driblar a censura da ditadura militar nas músicas de vários cantores e compositores brasileiros, dentre eles, Chico Buarque.

Brasil, mostra a tua cara!

Brasil, mostra atua cara!

O Brasil foi “descoberto” oficialmente por Portugal em 1500, o território era habitado pelos índios, que foram assim denominados pelos portugueses que pensavam ter chegado à Índia e depois perceberam que estavam num território para eles desconhecido, o novo mundo.
Os índios que aqui viviam entendiam da terra e da agricultura, acreditavam “na terra sem mau”, assim como os portugueses que aqui chegaram, essa identificação facilitou a catequização indígena.
Esses portugueses que aqui chegaram já traziam 700 anos de cultura greco – romana, depois da invasão dos celtas e a invasão secular dos árabes, ou seja, já traziam misturas que se fundiram com a cultura dos índios aqui presentes, e dos negros que vieram posteriormente como escravos, que eram responsáveis por todas as tarefas nas casas: cozinhar, limpar, cuidar das crianças, dos doentes, etc., por essa razão a cultura negra permanece mesmo com a dominação portuguesa. Essas influências, sejam elas árabes, portuguesas, indígenas e negras estão presentes em vários aspectos, seja nos costumes, na alimentação, no vestuário, no vocabulário, nas casas, nos hábitos, janelas de treliça, gosto por água, jardins, lembrar que as mulheres usavam panos parecidos com burcas, e que o idioma falado na época era o tupi, o português e até mesmo o espanhol, por conta das capitanias hereditárias.
Os nomes dos bairros em São Paulo que eram aldeamentos indígenas: Sé, pinheiros, Embu, Guararema, Carapicuíba.
O Brasil, que era uma colônia de exploração que se transforma em “empresa colonial”, que envia matéria prima para as indústrias na Inglaterra e o lucro vai todo para Portugal, o Brasil era um apêndice do reino português e chegou a ser sede da corte por 80 anos, quando a corte fugiu de Napoleão Bonaparte que invadiu Portugal. Graças a monarquia que aqui se instalou após a independência que o Brasil manteve a grandiosidade de seu território, ao contrário da América latina que se despedaçou em vários pequenos países.
As características do povo brasileiro resultam de todas as misturas, no aspecto religioso somos um país cristão, racista, autoritário e violento, cujo controle social imposto pelo estado ainda funciona, somos fidalgos (filhos de alguém), assim o questionamento feito por nós é: Você sabe com quem está falando? Ao contrário do povo americano que foi formado por refugiados em busca de um lugar para investir e ficar, onde todos são “iguais” e se alguém foge de cumprir o contrato social é questionado: Quem você pensa que é?
Aqui os políticos ainda se acreditam reis e não sabem separar o dinheiro deles do dinheiro público, onde as relações políticas sofrem influência da religião.
O Brasil em busca de sua identidade passa a contar sua história, se separar e ser diferente de Portugal, desde as piadas que fazemos e contamos mostrando os portugueses como burros.
Grande parte dos brasileiros não tem noção de que seus costumes vieram de outras culturas além da portuguesa, não sabem como os outros países percebem o Brasil, aceitam os clichês e estereótipos criados pela burguesia que se beneficia dessa exploração até hoje. O brasileiro não se identifica com a corte que fez casamentos que provaram a supremacia da família real diante de outros países.

terça-feira, 10 de março de 2009

Onde está a felicidade?

Para o filósofo grego Epicuro (341-270 a.C.), obter a felicidade seria possível ao conquistarmos três coisas: amigos, liberdade e uma vida bem analisada.
O filósofo Diógenes, na Grécia no ano de 120 d.C., ordenou a construção de um paredão, no qual foram feitas inscrições da filosofia de Epicuro sobre a felicidade. Esse paredão estava próximo a um mercado, com letras vermelhas para lembrar as pessoas constantemente as coisas que realmente traziam a felicidade.
Para muitas pessoas na atualidade, a felicidade é poder comprar coisas: casa, carros, jóias, perfumes, etc. A partir daí, como poderíamos explicar a infelicidade de pessoas que podem comprar tudo ou a felicidade das pessoas que não podem comprar tudo?
A resposta está na fórmula de Epicuro, afinal, nenhum dos três ingredientes necessários para a felicidade estão a venda, ou seja, qualquer um pode obtê-los.
Pessoas que possuem o básico para sobreviver podem atingir melhores níveis de felicidade do que as pessoas mais abastadas.
Hoje em dia ao andarmos em um shopping Center, nos deparamos com centenas de mensagens publicitárias vendendo inúmeros produtos para preencherem nosso vazio interior, e que prometem trazer os verdadeiros ingredientes da felicidade: amigos, liberdade e ter uma vida bem analisada.
São poucas as oportunidades que temos para lidar com a filosofia no dia a dia. Que tal lembrarmos do paredão da felicidade antes de nos dirigirmos para o shopping mais próximo?
Que tal analisar sua vida, perceber sua liberdade, seus amigos e descobrir que não precisamos só de poderes aquisitivos para sermos felizes. Descobrir que a felicidade não está na vitrine das lojas, e sim nas pessoas, e dentro de nós mesmos. Usar a filosofia como um escudo contra o consumismo estimulado pelos excessos da publicidade. Resgatar hábitos de Epicuro: escolher companhias para as refeições é mais importante do que escolher o que comer, pois, segundo Epicuro, comer sozinho era hábito para lobos e leões. Outro hábito dele era a simplicidade de suas roupas e refeições, coisas que nos mostram na prática como é possível ser feliz com poucas coisas materiais, desde que tenhamos liberdade, amigos e condições para analisar a vida e assim diminuir a ansiedade diante do futuro.

domingo, 8 de março de 2009

Livro: A arte de fazer um jornal diário - Ricardo Noblat – Ed. Contexto 2008, 174 páginas

O livro é dividido em oito capítulos organizado em subtítulos. Alguns são bem óbvios em relação ao conteúdo, e outros o leitor vai ter que ler inteiro para saber do que se trata, serve como uma estratégia para atrair a leitura que é rápida e agradável pelos textos serem curtos e bem humorados. Nesses textos, o autor conta que entrou numa redação por nepotismo, em outra situação ele ouviu que um local seria tombado ele se confundiu e pensou que o local seria derrubado.
O primeiro capítulo do livro começa com um diálogo entre um cidadão e um jornalista. O cidadão conclui que a idéia dos jornalistas é acabar com os jornais. Em seguida o livro nos dá pesquisas sobre o futuro dos jornais. Ricardo Noblat afirma que eles morrerão, porém não ousou definir uma data.
No decorrer das páginas do segundo capítulo foram contadas histórias com exemplos de assuntos como: utilidade dos jornais, ética, leis, diferença entre televisão e jornal impresso, cita escritores, entre eles Gabriel García Márquez .
O terceiro capítulo que fala da arte de apurar e o que se espera de um jornalista, Noblat narra a primeira vez que ele entrou numa redação, contextualizou a época (final dos anos 60) e a comparou com a atualidade (2002, ano de lançamento do livro).
A partir daí o livro vai ganhando um ritmo diferente, com várias dicas e conselhos, desde uso de palavras, linguagem, uso do dicionário, chavões, que ele vai exemplificando a partir do próprio texto do livro e de suas experiências profissionais ao longo de 35 anos de profissão: não ter pressa, corrigir erros publicamente, quem leva jeito para o ofício sabe separar o que é e o que não é notícia, é melhor ter idéias para jogar fora do que falta de informação, esboce mentalmente o texto antes de escrever, use detalhes, dê vida aos personagens, tenha faro, saiba a hora de parar de investigar e comece a escrever, qual é a diferença entre opiniões e versões, não repasse dúvidas para os leitores, etc.
No quarto capítulo sobre a arte de escrever, ele fala do surgimento do lead mostra exemplos de lead com inversões e outros recursos que os tornaram mais atraentes para os leitores, e que não corresponderam ao lead formal que aprendemos na universidade.
O quinto capítulo sobre tantas outras artes o autor demonstra ser contra o ponto de interrogação e a favor do ponto de exclamação, também fala dos perigos que o jornalista corre como: a questão do poder, aceitar presentes, convites e favores, ter amizade com fontes de informação e achar que já sabe de tudo.
No sexto capítulo sobre os bastidores de uma reportagem, o autor mostra a diferença entre notícia e reportagem, a partir de exemplos de notícia e reportagem que ele próprio fez sobre Frei Damião, a notícia em 1997 e a reportagem em 1974.
O sétimo capítulo Noblat usa para contar a reforma estrutural do jornal Correio Braziliense, mostrando capas de anos diferentes, com dados de 1994 a 2002.
O oitavo capítulo conclui o livro com um pequeno relato de datas que marcaram a vida da imprensa de 59 a. C. até 2002, e a bibliografia consultada.

Show da banda Cidadão Instigado com Rodrigo Amarante e Karine Carvalho no Itaú Cultural


FOTO: Urbanaque

O evento Rumos Música no Itaú Cultural apresentou a banda cearense de indie rock Cidadão Instigado, com as participações especiais da atriz e cantora Karine Carvalho e do integrante da banda Los Hermanos, Rodrigo Amarante em 07 de março de 2009.

O show estava previsto para as 20h, e seriam distribuídos os convites para os 255 lugares meia hora antes do espetáculo, porém duas horas antes do show já haviam mais pessoas do que o limite, funcionários do Itaú Cultural contaram o número de pessoas na fila várias vezes, as pessoas que aguardavam o show sempre deixavam um amigo atrasado cortar a fila que não parava de crescer. Depois de um tempo, os funcionários, sempre muito atenciosos, avisaram as pessoas que devido a grande procura seriam disponibilizados mais convites para um segundo show extra às 21:30 h e, ainda foi aberta uma terceira apresentação as 22:30h. Os convites eram de cores diferentes para diferenciar o horário e a posição dos lugares, dos 255 disponíveis, 45 ficam no mezanino. Para a última apresentação ainda sobraram ingressos, muitas pessoas só não ficaram por causa do horário e a falta de transporte público, já que à meia noite o metrô encerra suas atividades. A banda Cidadão Instigado mistura ritmo e sons, como resultado das influências do rock nacional e da música nordestina, criada por Fernando Catatau (vocalista, guitarrista e tecladista) e composta também por: Regis Damasceno (guitarra, violão e vocal), Rian Batista (baixo e vocal), Clayton Martin (bateria acústica e eletrônica) e Kalil Alaia (técnico de som), já lançaram dois discos: O Ciclo da Decadência em 2002 e Cidadão Instigado e o Método Tufo de Experiências em 2005. Numa entrevista para Silvio Luz, o líder da banda, Fernando Catatau, afirma que desde 1994 compõe letras pessoais, o que surge na cabeça dele, que é da época que as bandas tocavam por tocar, pensando na fama apenas como um sonho, diferente da atualidade, quando a fama é buscada como um objetivo, as bandas já começam pensando em marketing.
Boa parte das pessoas estava lá para ver Rodrigo Amarante, muitos eram fãs da banda Los Hermanos, que se separou em 2007, ano em que cada integrante foi cuidar de seus projetos individuais, atualmente Amarante está tocando na banda Littlle Joy. A banda Cidadão Instigado já tocou outras vezes com as bandas Los Hermanos e Litlle Joy. Nos sessenta minutos de show, o Cidadão Instigado tocou as músicas: "O pobre dos dentes de ouro" e "Os urubus só pensam em te comer", com a participação de Karine Carvalho e Rodrigo Amarante, que incluíram sucessos da banda Los Hermanos: "Do sétimo andar", "O vento" e da banda Litlle Joy: "Evaporar".

segunda-feira, 2 de março de 2009

Apesar das previsões o jornal ainda vive, só não se sabe até quando...

Na foto: Vossa Senhoria de Divinópolis - MG em 200 eleito o menor do mundo no Guiness Book, será que ele e outros jornais sobreviverão?
O que Bill Gates, Dick Brass e Philip Meyer tem em comum? Decretaram datas para a morte dos jornais impressos.Os jornais sobreviveram ao rádio, televisão e internet, mas estão definhando com a revolução digital que oferece tudo junto: escrita, som e imagem.Em seu livro: A arte de fazer um jornal diário, editora contexto, Ricardo Noblat mostra as principais queixas dos leitores: preço, formato, assuntos desinteressantes, excesso de páginas que pode ser comprovado por uma descoberta feita pela direção do The New York Times, que seus leitores mais fiéis só liam 10% do jornal.Noblat comenta que Bill Gates, proprietário da Microsoft, previu em 1998, que em dois anos não haveriam mais jornais e revistas. Em 2002, o executivo Dick Brass, executivo empregado de Bill Gates, previu que a última edição do The New York Times circularia em 2018. Noblat também acredita na morte dos jornais, porém não arrisca definir data.Outro livro da editora contexto que trata desse tema é Os Jornais Podem Desaparecer? O autor, Philip Meyer, anuncia o fim do jornal impresso para o ano de 2043.Em fevereiro de 2007, o editor do The New York Times, Arthur Sulzberger, numa entrevista ao Haaretz, jornal israelense declarou: "Não sei realmente se daqui a cinco anos ainda vamos imprimir o Times e, na verdade, não importa muito". Sobre migração para a internet ele afirmou: "A internet é um lugar maravilhoso e nesse terreno estamos à frente de todos", satisfeito com o aumento de leitores da edição online, que registrou 1,5 milhão de acessos diários, batendo o número de assinantes da edição impressa de 1,1 milhão.Não só os leitores de jornais, mas seus anunciantes migraram para a internet. Várias revistas anunciam a morte dos jornais: em agosto de 2006 na Economist, em março de 2008 na New Yorker, Eric Alterman, escreveu o texto "Out of Print" e em fevereiro de 2009, Walter Isaacson na revista Time, que aponta os micropagamentos na internet como um meio de sobrevivência para os jornais, também defendido por Steve Brill que efetuou cálculos para demonstrar o que com um, dois e três dólares mensais por visitantes, e que 3 dólares mensais de 20 milhões de visitantes únicos poderiam salvar o The New York Times da crise financeira que derrubou o valor de suas ações desde 2004.Torço pela sobrevivência dos jornais, como torceria pela a recuperação de um amigo meu em dificuldades, mas para sobreviverem nas condições atuais, os jornais necessitam de ousadia dos jornalistas para os tornarem mais atrativos aos leitores, mas para isso dependem principalmente da competência de seus gestores que tem deixado as redações cada vez mais enxutas, com profissionais com menos e menores experiências profissionais, que ficam sobrecarregados com muitas tarefas e responsabilidades, de mãos atadas diante do padecimento dos jornais.

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