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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013

2013 foi um ano de obtenção de mapas pela PNL, numerologia e astrologia.
Mapa não é território, mas dados os mapas, começaram as mudanças nos territórios, independentes da minha vontade.
Foi um ano de destruir estruturas, de sair de relacionamentos e ambientes que duravam anos. Foi hora de aceitar os finais, desistir e sair em busca de um lugar onde eu possa ser e fazer a diferença. Foi tempo de aceitar fatos que eu já sabia intuitivamente e não entendia.
Foi tempo de ser eu mesma a melhor pessoa para estar comigo saindo, fazendo as coisas que gosto.
Como mar calmo nunca fez bom marinheiro, encontrei no tempo a minha fortaleza acima das dores, da tristeza e da decepção.
Descobri quem são as minhas pessoas com as quais posso contar. Terminei o ano sem emprego, mas viajando, entregue a lei do vácuo, abrindo mão do que era menos importante para dar lugar ao melhor que está por vir...

sábado, 28 de dezembro de 2013

Carta a uma amiga de infância da qual fui madrinha de casamento

Parece que foi ontem que a gente brincava num quintal longo e estreito. Hoje não somos mais crianças e o cenário vai ser um altar. Eu, minha irmã, seus primos e primas. Todos os olhares do salão estarão voltados para você. A criança que conheci, agora é mulher, mãe e hoje se torna esposa.
Na sua mão não tem mais boneca, vai ter um buquê de flores. Não estará de short e blusinha como antes. Você vira caminhando num salto alto, usando um vestido branco, sorrindo, mesmo que esteja nervosa. Será admirada e abençoada por seus parentes e amigos. E pelo filho de vocês. Espero que agora ele conheça alguém e que possa levar essa amizade pelas décadas como nós fizemos.
Parece que foi ontem que a sua cama era coberta de bonecas e ursinhos. Hoje os brinquedos espalhados na sua casa não são mais seus, e sim do seu filho.
Parece que foi ontem que a gente brincava de escolinha lá no Sr. Aristeu. Hoje você estuda pedagogia e trabalha em escolinha ajudando crianças especiais.
Parece que foi ontem que a gente ouvia e cantava música da Xuxa, da família Dinossauro, Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano. Que andava de bicicleta, brincava de bola, casinha, que ia comprar bolacha mais mais no supermercado prestígio, que ia no posto de saúde tomar vacina, etc.
Parece que foi ontem que a gente colocava um pano na cabeça para fingir que era nosso cabelo liso. Até que inventaram a escova progressiva para a gente poder variar um pouco rs.
A gente cresceu, mudou de casa, começou a trabalhar. Conseguimos morar em bairros próximos, mas não tão perto quanto antes. Agradeço por lembrar de mim e da minha irmã para estarmos ao seu lado neste dia especial.
Com muito orgulho vou colocar, vestido e salto, esticar meu braço e pedir que Deus os abençoe. Só não garanto que não vou chorar com aquela música rs
E como madrinha da união de vocês desejo toda a felicidade do mundo, muita fé e amor na estrada do dia a dia! Contem comigo para o que precisarem!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Machucados

Quando eu era criança vivia caindo e machucando os meus joelhos. Lembro do lugar onde eu caía, lembro da dor, das lágrimas, do sangue que escorria. Alguém vinha socorrer, o merthiolate era vermelho e ardia, tinha band aid, tinha mimo.
Me lembro também do processo de cicatrização, quando o machucado tinha casquinha escura. Eu curiosa e ansiosa ficava mexendo, algumas vezes ardia e sangrava, outras vezes saia fácil e debaixo daquela casca feia havia pele mais clara recém regenerada, que logo se igualava ao resto da pele. Tudo ficava bem até a próxima queda e o ciclo recomeçava...
Depois que a gente cresce não é mais o joelho, não tem mais band aid, nem merthiolate...mas as feridas continuam precisando de um tempo, com casca feia por fora, até que a pele volte ao normal na camada de baixo...

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Por que as estações do metrô tem nomes de santo?

Nomes de santos no metrô para rezarmos, orarmos, meditarmos, sempre, mesmo no aperto. Ai Santa Cecília, São Judas, valei nos Santa Cruz, Santa Ana, São Joaquim, Conceição, Consolação, São Bento, dai nos o Paraíso, a Luz, a Liberdade, a Saúde... Amém!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Apertada no ônibus invejo os produtos embalados um a um...

Saindo ou voltando para casa me sinto como mercadoria numa linha de produção. Passo por caminhos estreitos, o trem apertado lembra embalagem a vácuo. Aí eu lembro de mercadorias embaladas uma a uma ou em dúzia. Dá inveja do ovo pois cada um deles tem um espacinho só seu na caixa e nós humanos apertados, oito a cada metro quadrado. Até as caixas de papelão tem limite de empilhamento, corpos humanos no transporte público não.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Celular no transporte público

Celular é algo que nos distrai enquanto somos espremidos no transporte público. Ele nos ensina a ter equilíbrio enquanto digitamos com uma mão e nos seguramos com a outra. (É o que estou fazendo agora letra por letra). Um SMS pode nos fazer sorrir, e por instantes esquecer do aperto, do trânsito e outras dificuldades. Com fones a gente põe as melhores trilhas sonoras até nas piores cenas, aquelas com trombadas, mochiladas, desodorantes vencidos e falta de educação. Nos jogos a gente imagina que está resolvendo nossos problemas com a mesma facilidade que fazemos pontos. Nadamos, voamos e saltamos na tela, enquanto nossos corpos dividem cada vez menos espaço com cada vez mais corpos...

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Como conheci Sidney Sheldon


Eu tinha 15 anos, não trabalhava, estava triste por ter mudado para longe de onde eu cresci. Ele tinha 81 e seus 18 romances já tinham sido lidos em 180 países, em mais de 50 idiomas. Ele tinha escrito roteiros de cinema ganhando Oscar, no teatro ganhou um Tony e um Edgar pela literatura de suspense.
Foi assim que nos conhecemos, foi paixão a primeira lida. O primeiro livro que li foi A ira dos anjos. Amei O reverso da medalha e outros. Já reli Se houver amanhã algumas vezes. Seu último livro foi sua auto biografia O outro lado de mim. Contando sua vida desde a infância conturbada até o sucesso como escritor, passando por problemas diversos como o transtorno bipolar.
Sua carreira e suas personagens femininas e fortes me inspiram até hoje.
Sidney Sheldon faleceu em fevereiro de 2007 com 89 anos.
Hoje a família Sheldon autoriza a escritora Tilly Bagshawe a continuar os livros dele levando seu nome como uma marca para que a nova geração conheça seu estilo.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Felizes para sempre por algumas horas

Vivendo a intensidade das coisas feitas para não durar.
Se entregando ao momento presente sem trocar números e perfis.
As delícias de viver o agora com todos os poros, fluidos e sons, sem as expectativas, mentiras e dores que poderiam surgir se houvessem amanhãs.
Os perfumes e movimentos intocados pela rotina, advinhação e previsibilidade. Fome saciada em cada olhar, em cada toque, na medida certa sem sobrar, sem faltar, sem tempo a perder.
Imaginar os anos que não passaremos juntos, os filhos que não teremos, voltar ao presente e ver que nada disso importa numa estória curtinha. O que importa é o presente pleno vivido, sem passado, sem futuro.
O gosto do novo que se leva embora junto com um sorriso persistente. Lembranças boas de curta duração como bandaids nas feridas do passado.
São esses pequenos momentos que nos preparam para um "felizes para sempre" que dure um pouco mais no futuro...

sábado, 7 de dezembro de 2013

Chegadas e partidas

Muitas vezes enquanto eu aguardava alguém nas estações, já vi muitos pais separados entregando os filhos um ao outro entre as catracas do metrô. Lágrimas, aceno de tchau, ex amantes que não conseguem se olhar no olhos. Crianças choram, outras ficam indiferentes, pessoas que deixam a criança e secam uma lágrima discretamente escondida no suor do rosto... Nas estações as chegadas e partidas das pessoas além dos trens

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Cada um na sua baia

Você mexe na mesa de seus colegas de trabalho dizendo que está uma bagunça?
É péssimo não ter um emprego, é ruim não ter uma mesa de trabalho, mas é ótimo não ter uma pessoa vindo na SUA mesa querendo impor os métodos de trabalho DELA, dizendo que sua mesa está bagunçada, colocando as mãos querendo mudar SUAS coisas de lugar. Eu me arrependo de não ter dito a essa pessoa o quanto essa atitude dela me irritava num momento de calma, explicando que eu nunca tinha ido fazer isso na mesa dela e não aceitava que ela fizesse na minha. É um desrespeito quando as pessoas se levantam da mesa delas em direção a sua, apenas para lhe julgar, lhe colocar como errada, imprópria. Uma vez que ela já chegou ditando o que estava certo e errado eu respondi apenas: minha mesa, minhas regras!
Em quase dez anos que eu tenho trabalhando nunca fui na mesa de ninguém dar palpite sem ser solicitada. Se alguém que está lendo isso tem esse costume se policie, é um saco, cuide de sua mesa, do seu trabalho, não queira controlar as pessoas, fazer com que elas sejam clones de eficiência seus, deixe cada pessoa trabalhar de sua própria maneira. Eu me encontro muito bem no que algumas pessoas classificariam como "bagunça".
Eu quero escrever, não quero ficar me preocupando com a disposição dos objetos na minha mesa, muito menos nas mesas das outras pessoas. Cada um no seu quadrado, no seu retângulo, na sua baia.

Lulu e Tubby avaliam desempenho do outro, quando vão criar um aplicativo de auto avaliação?

Lulu? Tubby? Chega de avaliar o desempenho do outro! O que anda faltando no mundo é auto avaliação! Falta perceber que a cama é só um dos ambientes, existem vários: a sala de estar, a mesa de jantar, o quintal, a rua, a vida social, os interesses, etc. O mundo resume tudo no sexo.
Falta lembrar que os ambientes se influenciam. Que raramente algo que não seja bacana nos outros ambientes vai ser bacana só no quarto.
As pessoas se relacionam não se avaliam durante, olho a olho, não sabem mais falar e ouvir, dizer o que sentiu e estar aberto para ouvir o outro. Aí correm para dividir sua avaliação com a rede, sem lembrar que apontam um dos dedos para o outro, enquanto ficam com três dedos apontados para si mesmo...

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O pior estranho é o estranho íntimo

Ele vai ficar cada vez mais estranho e cada vez menos íntimo, até o dia em que ele se tornará um completo desconhecido que posa ao seu lado em fotos antigas.
Um dia vocês compartilharam lençois, planos, finais de semana, refeições, hobbies e amigos, durante anos... Hoje vocês conseguem ocupar uma mesma sala sem nem aos menos olharem um para o outro.
Viviam saindo juntos, conversando sobre passado, presente e futuro, mas hoje você não sabe nem se ele está vivo ou morto.
Alguns amigos em comum se surpreendem com a veracidade da encenação. Poderiam até jurar de pés juntos que vocês nunca se conheceram, nunca andaram de mãos dadas.
O estranho íntimo que você conhece o endereço, o número do telefone e boa parte das suas manias. Você sabe tudo sobre ele, mas não sabe mais quem ele é. Se é que um dia você soube quem ele realmente era... Talvez nem ele mesmo saiba...

domingo, 1 de dezembro de 2013

Sobre os meus sorrisos e minhas lágrimas



Eu como qualquer outra pessoa do mundo posso listar o que gosto e o que não gosto em mim. Posso começar pelo que não gosto, a fim de obter empatia dos leitores que também já passaram alguns minutos, horas, dias, meses, ou até anos de suas vidas fazendo isso...
Eu nunca toquei nesse assunto, ainda mais assim para tanta gente. Mas no ano que a Mônica,  uma personagem gorducha, baixinha e dentuça completa cinqüenta anos, me deu vontade de tocar em um desses três aspectos que posso escrever com muitos anos de propriedade... Um destes aspectos: ser baixinha, eu não posso falar porque tenho 1,77. Sobre ser gorducha também não, pois a altura distribuiu bem o peso, exceto na barriga... Mas posso falar sobre o aspecto dentário.
Os meus dentes superiores cobrem os inferiores. Já usei aparelho ortodôntico, ainda assim sobraram alguns milímetros, e assim a gente se sente mal pela vida afora pelos milímetros, quilos, centímetros que faltam ou que sobram em diversos lugares dos nossos corpos... Você sobrevive ao que chamam hoje de “bullying”, por fora você aprende a se manter indiferente, enquanto esperneia por dentro. Aprende o jogo sujo de usar a mesma arma com os outros para se defender. Pode ser uma etapa natural sem seqüelas, da mesma forma que tem pessoas que se matam pelos seus efeitos internos, que nem todos conseguem enxergar.  
Um dia você cresce e passa a enxergar as pessoas, sua essência, acima dos quilos, milímetros e centímetros você enxerga as imagens das almas. Existe a sua imagem, e as imagens que as pessoas criam ao seu respeito, nem sempre elas correspondem, mas ambas sempre podem mudar... E eu me aceito e me amo com tudo que sobra, tudo que falta, o que mudou e o que há de ser mudado...
Se um dia você olhasse para o seu “defeito” e o transformasse em “vantagem” o que você obteria? Eu posso dizer que movimento menos músculos para sorrir, porque tenho um sorriso adiantado, pronto para ser usado não como uma arma letal, mas como uma ferramenta a meu favor. Eu gosto de rir, de fazer rir, também aprendi a rir do que doi.  Porque fazer os outros sorrirem me deixa igual aos meus interlocutores,  faço eles mostrarem seus dentes, nos tornamos iguais.
Eu gosto do meu olhar, tenho facilidade para rir, e também para chorar. Como não seria influenciada pela água sendo filha e neta de alagoanos, da terra das águas, Alagoas. As águas que transbordam, alagam, se tornam lagoas, estão no meu DNA, elas fazem parte de quem eu sou.  Não vejo minhas lágrimas como fraqueza, mas como virtude, meus olhos expressaram muitas vezes as palavras que não atravessaram minha garganta e que hoje conseguem ser ditas pelos meus dedos nesse teclado... Já tive vergonha de ser essa pessoa que gosta de falar sobre sentimentos, mas agora eu posso falar e escrever sobre eles. Essa é mais uma parte de mim encontrando tempo para ser expressada.
E tem tanta coisa sobre mim que eu ainda não sei. O pouco que sei é como um relógio parado que acerta as horas duas vezes por dia. Eu quero me movimentar e acertar todas as horas, descobrir meus ponteiros, meu tempo, minhas engrenagens para equilibrar meus sorrisos e minhas lágrimas nos pratos de balança do meu coração...

Which Grey's Anatomy Character Are You?