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sábado, 17 de dezembro de 2016

Minha Experiência de Sucesso

Começou em 14/08 quando comprei ingresso para evento que seria em 08/10 no estádio do Morumbi. O evento foi adiado para 17/12. E no começo desse mês o local foi alterado para o Anhembi.
O meu desafio pessoal é lidar com situações que envolvam grandes volumes de "cerumaninhos" por metro quadrado. Desde que confirmei a compra ficava pensando nisso. Quando era no estádio ficava pensando na previsão do tempo, é quase verão, pode chover, pode ter temporal. Antes de mudar o local pensava o qual distante era o Morumbi, e sair de lá 22h e voltar para o extremo norte... Eram muitas pré ocupações, mas fui fazendo outras coisas, dizendo para mim quando chegar o dia e a hora eu vejo como vai ser. Deixei para imprimir o pré credenciamento dois dias antes. Comprei um ingresso só contando que iria sozinha e tudo bem. Mas na reta final apareceu a companhia da Kátia Flora. Antes de sair de casa, uma dor de barriga daquelas. O tal dia chegou, é hoje. Nem quis comer em casa com medo de um "movimento passe livre intestinal". Comi uma maçã. Encontrei a Kátia no metrô. Pegamos a lotação. Chegamos ao local 13:30, para evento que começaria às 15:00. Foram 40 minutos no sol até a fila entrar, tranquilos. Nada de frio na barriga, exceto quando vi o preço do hot dog/ pastel/ pipoca a dez reais cada, garrafa de água a cinco, picolé de frutas a seis reais. Senti fome e me alimentei sem medo de ter um piriri. Hora de procurar um lugar para sentar. Sentamos atrás de uma área mais cara que estava mais vazia. As palestras começaram. Disseram que eram mais de dez mil pessoas! E eu consegui estar ali sentada em paz, sem coração acelerado, sem crise de pânico, sem vontade de fugir. Só quem já sentiu sabe como é opressor passar por isso. Entre dez mil cerumaninhos, ouvindo alguns, ouvindo a mim mesma, ouvindo meu coração. Tendo aqueles momentos de fechar os olhos e estar ali comigo ouvindo aquelas histórias, me emocionando com elas, chorando, rindo, aplaudindo, relembrando...

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

5 meses de luto #pai

No dia 13 completou cinco meses que meu pai se foi 
Contados como uma gravidez inversa
Seu corpo voltando para a terra
O luto também é uma luta contra o medo do esquecimento
É um deixar ir aos poucos as dores, dúvidas, inconformismos
É segurar esperanças, memórias, virtudes
É buscar aceitação, entendimento, novos sonhos, novos sentidos
É buscar um renascer diário no coração
É descobrir um novo significado para palavras como amor, saudade, distância, felicidade, gratidão...
É vê-lo em mim, no formato dos meus olhos, nas veias saltadas, na teimosia
É me sentir irmã na dor, de todos e todas que passaram por isso
Lidar com a primeira grande perda sem me perder...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Os cocos verdes, a vida, os dias...

Esse ano inseri a água de coco quase como uma bebida diária. Evito refrigerante e só compro em casa quando vem visita. Se estiver em algum lugar e for a única opção posso tomar alguns goles. Faz anos que não bebo café, nem Coca Cola. Comprei uma Coca do rótulo verde e tomei um gole de curiosidade. 
Saindo da Coca e voltando aos cocos verdes, estes são pesados, fazem volume, comprar mais de um na quitanda da rua de cima equivale a um leve exercício físico para os braços, sem contar o ato de abrir...
Como o coco verde parece com a vida! As vezes simples, mas a gente complica até encontrar jeitos de descomplicar. No começo comprei um fura coco, usava facão para cortar um pedaço antes de usar o furador, mas hoje o jeito mais fácil é tirar o cabinho e abrir um buraquinho com uma faca pequena e de ponta afiada. Alguns são mais macios e a água aparece com a primeira facada. Outros precisam de furos mais profundos e mais facadas até libertar o precioso líquido.
Tem coco que vem 350 ml, outros 600 ml, mas a média é 400 ml. Tem uns mais doces, outros menos. E tudo isso a gente só descobre depois que consegue abrir, e depois que prova o primeiro gole.
Dizem que quem vê cara não vê coração. Poderiam dizer quem vê coco não sabe quão doce ou quanta água tem.
Por fora todos os cocos parecem verdes e iguais. Assim como os dias, alguns foram mais doces, outros não. Alguns tinham mais coisas para aproveitar, outros não. Alguns mais fáceis de lidar, outros não. E a gente só vai saber vivendo, abrindo cada um deles, um dia de cada vez, sem se cansar tentando adivinhar antes...

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