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domingo, 8 de março de 2009

Livro: A arte de fazer um jornal diário - Ricardo Noblat – Ed. Contexto 2008, 174 páginas

O livro é dividido em oito capítulos organizado em subtítulos. Alguns são bem óbvios em relação ao conteúdo, e outros o leitor vai ter que ler inteiro para saber do que se trata, serve como uma estratégia para atrair a leitura que é rápida e agradável pelos textos serem curtos e bem humorados. Nesses textos, o autor conta que entrou numa redação por nepotismo, em outra situação ele ouviu que um local seria tombado ele se confundiu e pensou que o local seria derrubado.
O primeiro capítulo do livro começa com um diálogo entre um cidadão e um jornalista. O cidadão conclui que a idéia dos jornalistas é acabar com os jornais. Em seguida o livro nos dá pesquisas sobre o futuro dos jornais. Ricardo Noblat afirma que eles morrerão, porém não ousou definir uma data.
No decorrer das páginas do segundo capítulo foram contadas histórias com exemplos de assuntos como: utilidade dos jornais, ética, leis, diferença entre televisão e jornal impresso, cita escritores, entre eles Gabriel García Márquez .
O terceiro capítulo que fala da arte de apurar e o que se espera de um jornalista, Noblat narra a primeira vez que ele entrou numa redação, contextualizou a época (final dos anos 60) e a comparou com a atualidade (2002, ano de lançamento do livro).
A partir daí o livro vai ganhando um ritmo diferente, com várias dicas e conselhos, desde uso de palavras, linguagem, uso do dicionário, chavões, que ele vai exemplificando a partir do próprio texto do livro e de suas experiências profissionais ao longo de 35 anos de profissão: não ter pressa, corrigir erros publicamente, quem leva jeito para o ofício sabe separar o que é e o que não é notícia, é melhor ter idéias para jogar fora do que falta de informação, esboce mentalmente o texto antes de escrever, use detalhes, dê vida aos personagens, tenha faro, saiba a hora de parar de investigar e comece a escrever, qual é a diferença entre opiniões e versões, não repasse dúvidas para os leitores, etc.
No quarto capítulo sobre a arte de escrever, ele fala do surgimento do lead mostra exemplos de lead com inversões e outros recursos que os tornaram mais atraentes para os leitores, e que não corresponderam ao lead formal que aprendemos na universidade.
O quinto capítulo sobre tantas outras artes o autor demonstra ser contra o ponto de interrogação e a favor do ponto de exclamação, também fala dos perigos que o jornalista corre como: a questão do poder, aceitar presentes, convites e favores, ter amizade com fontes de informação e achar que já sabe de tudo.
No sexto capítulo sobre os bastidores de uma reportagem, o autor mostra a diferença entre notícia e reportagem, a partir de exemplos de notícia e reportagem que ele próprio fez sobre Frei Damião, a notícia em 1997 e a reportagem em 1974.
O sétimo capítulo Noblat usa para contar a reforma estrutural do jornal Correio Braziliense, mostrando capas de anos diferentes, com dados de 1994 a 2002.
O oitavo capítulo conclui o livro com um pequeno relato de datas que marcaram a vida da imprensa de 59 a. C. até 2002, e a bibliografia consultada.

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