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segunda-feira, 28 de julho de 2008

A dor como processo de fabricar beleza e arte

Um dia recebi um e-mail e li uma estória de como foi composta a música Flor de Lis do cantor Djavan, que teve uma esposa chamada Maria que estava grávida de Margarida, um problema no parto, a tentativa de salvar mãe e filha que não resistiram e faleceram. Algo triste que se encheu de beleza e se eternizou nos seguintes versos:
Será, talvez, que a minha ilusão, foi dar meu coração com toda força, pra essa moça me fazer feliz, e o destino não quis me ver como raiz de uma flor de liz/E foi assim que eu vi nosso amor na poeira, poeira/ Morto na beleza fria de Maria/ E o meu jardim da vida ressecou, morreu /Do pé que brotou Maria, nem Margarida nasceu
Desde que li essa história sempre penso nessa história real que Djavan protagonizou e comecei a pensar em outros exemplos de dor transformada em beleza e arte, como os quadros da pintora mexicana: Frida Kahlo, inspirados em fatos tristes de sua vida como um acidente que fez com que ela passasse por inúmeras cirurgias e ficasse muito tempo de cama, esse acidente impediu Frida de ser mãe, ela teve dois abortos naturais e chegou a pintar desde ela mesma usando um colete ortopédico com sua coluna cheia de pregos até mesmo um de seus filhos falecidos.
Uma das frases de Frida Kahlo é "pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade".
A partir da dor de Frida seus quadros ficaram conhecidos mundialmente.
Para quem quiser conhecer um pouco mais da vida de Frida e suas obras, uma dica é o filme Frida interpretado por Salma Hayek.
Por fim encontrei mais uma argumento em um livro do escritor Rubem Alves: “Ostra feliz não faz pérola” no qual ele diz que: “pessoas felizes não sentem a necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou na arte, surge sempre de uma dor. Não é preciso que seja uma dor doída. Por vezes a dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade”.
E você já usou sua dor para fazer algo útil? Seja um livro, uma música, um quadro, um blog...

Aline Kátia Melo

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Esse texto ficou muito bom, pena que a tal objetividade jornalística não permitiu que ele fosse publicado completo né?
mas td bem, logo mais aprenderemos a ser objetivas e com qualidade
Te adoro
bjo

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