Começou em 14/08 quando comprei ingresso para evento que seria em 08/10 no estádio do Morumbi. O evento foi adiado para 17/12. E no começo desse mês o local foi alterado para o Anhembi.
O meu desafio pessoal é lidar com situações que envolvam grandes volumes de "cerumaninhos" por metro quadrado. Desde que confirmei a compra ficava pensando nisso. Quando era no estádio ficava pensando na previsão do tempo, é quase verão, pode chover, pode ter temporal. Antes de mudar o local pensava o qual distante era o Morumbi, e sair de lá 22h e voltar para o extremo norte... Eram muitas pré ocupações, mas fui fazendo outras coisas, dizendo para mim quando chegar o dia e a hora eu vejo como vai ser. Deixei para imprimir o pré credenciamento dois dias antes. Comprei um ingresso só contando que iria sozinha e tudo bem. Mas na reta final apareceu a companhia da Kátia Flora. Antes de sair de casa, uma dor de barriga daquelas. O tal dia chegou, é hoje. Nem quis comer em casa com medo de um "movimento passe livre intestinal". Comi uma maçã. Encontrei a Kátia no metrô. Pegamos a lotação. Chegamos ao local 13:30, para evento que começaria às 15:00. Foram 40 minutos no sol até a fila entrar, tranquilos. Nada de frio na barriga, exceto quando vi o preço do hot dog/ pastel/ pipoca a dez reais cada, garrafa de água a cinco, picolé de frutas a seis reais. Senti fome e me alimentei sem medo de ter um piriri. Hora de procurar um lugar para sentar. Sentamos atrás de uma área mais cara que estava mais vazia. As palestras começaram. Disseram que eram mais de dez mil pessoas! E eu consegui estar ali sentada em paz, sem coração acelerado, sem crise de pânico, sem vontade de fugir. Só quem já sentiu sabe como é opressor passar por isso. Entre dez mil cerumaninhos, ouvindo alguns, ouvindo a mim mesma, ouvindo meu coração. Tendo aqueles momentos de fechar os olhos e estar ali comigo ouvindo aquelas histórias, me emocionando com elas, chorando, rindo, aplaudindo, relembrando...
Há 12 anos
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