Brasil, mostra atua cara!
O Brasil foi “descoberto” oficialmente por Portugal em 1500, o território era habitado pelos índios, que foram assim denominados pelos portugueses que pensavam ter chegado à Índia e depois perceberam que estavam num território para eles desconhecido, o novo mundo.
Os índios que aqui viviam entendiam da terra e da agricultura, acreditavam “na terra sem mau”, assim como os portugueses que aqui chegaram, essa identificação facilitou a catequização indígena.
Esses portugueses que aqui chegaram já traziam 700 anos de cultura greco – romana, depois da invasão dos celtas e a invasão secular dos árabes, ou seja, já traziam misturas que se fundiram com a cultura dos índios aqui presentes, e dos negros que vieram posteriormente como escravos, que eram responsáveis por todas as tarefas nas casas: cozinhar, limpar, cuidar das crianças, dos doentes, etc., por essa razão a cultura negra permanece mesmo com a dominação portuguesa. Essas influências, sejam elas árabes, portuguesas, indígenas e negras estão presentes em vários aspectos, seja nos costumes, na alimentação, no vestuário, no vocabulário, nas casas, nos hábitos, janelas de treliça, gosto por água, jardins, lembrar que as mulheres usavam panos parecidos com burcas, e que o idioma falado na época era o tupi, o português e até mesmo o espanhol, por conta das capitanias hereditárias.
Os nomes dos bairros em São Paulo que eram aldeamentos indígenas: Sé, pinheiros, Embu, Guararema, Carapicuíba.
O Brasil, que era uma colônia de exploração que se transforma em “empresa colonial”, que envia matéria prima para as indústrias na Inglaterra e o lucro vai todo para Portugal, o Brasil era um apêndice do reino português e chegou a ser sede da corte por 80 anos, quando a corte fugiu de Napoleão Bonaparte que invadiu Portugal. Graças a monarquia que aqui se instalou após a independência que o Brasil manteve a grandiosidade de seu território, ao contrário da América latina que se despedaçou em vários pequenos países.
As características do povo brasileiro resultam de todas as misturas, no aspecto religioso somos um país cristão, racista, autoritário e violento, cujo controle social imposto pelo estado ainda funciona, somos fidalgos (filhos de alguém), assim o questionamento feito por nós é: Você sabe com quem está falando? Ao contrário do povo americano que foi formado por refugiados em busca de um lugar para investir e ficar, onde todos são “iguais” e se alguém foge de cumprir o contrato social é questionado: Quem você pensa que é?
Aqui os políticos ainda se acreditam reis e não sabem separar o dinheiro deles do dinheiro público, onde as relações políticas sofrem influência da religião.
O Brasil em busca de sua identidade passa a contar sua história, se separar e ser diferente de Portugal, desde as piadas que fazemos e contamos mostrando os portugueses como burros.
Grande parte dos brasileiros não tem noção de que seus costumes vieram de outras culturas além da portuguesa, não sabem como os outros países percebem o Brasil, aceitam os clichês e estereótipos criados pela burguesia que se beneficia dessa exploração até hoje. O brasileiro não se identifica com a corte que fez casamentos que provaram a supremacia da família real diante de outros países.
Há 12 anos
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